O clima no Distrito Federal tem passado por variações significativas nos últimos dias, com a chegada do período mais seco do ano. A temporada de estiagem, que normalmente se estende de maio a setembro, já apresenta impactos visíveis, como a baixa umidade do ar e o aumento da temperatura durante o dia, além de noites mais frias.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a umidade relativa do ar chegou a registrar níveis abaixo de 20%, considerados críticos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns pontos do DF, os termômetros já ultrapassam os 30 °C durante o dia, enquanto a temperatura pode cair para menos de 15 °C à noite, caracterizando um grande contraste térmico.
Esse cenário preocupa autoridades de saúde, que recomendam cuidados redobrados, como a ingestão frequente de água, o uso de hidratantes, e evitar atividades físicas ao ar livre nas horas mais quentes. A Defesa Civil do DF mantém o estado de atenção devido à baixa umidade, com alertas emitidos diariamente.
Além disso, o risco de queimadas aumenta neste período, o que levou o Governo do Distrito Federal (GDF) a reforçar campanhas educativas e ações de fiscalização ambiental. Em 2024, o DF já registrou dezenas de focos de incêndio, a maioria provocada por ações humanas.
A população também sente os efeitos indiretos do clima seco, como o aumento de doenças respiratórias, conjuntivites e alergias. Hospitais e unidades básicas de saúde têm registrado crescimento no número de atendimentos relacionados a esses problemas.
Apesar da previsão de que a seca se mantenha pelos próximos meses, não há expectativa de recordes de calor ou estiagem extrema neste ano, segundo o Inmet. Ainda assim, o clima do DF seguirá exigindo atenção e cuidados constantes até a chegada das primeiras chuvas, previstas apenas para o fim de setembro ou início de outubro.