Trabalhadores com empréstimos antigos já podem migrar para consignado com juros mais baixos
Trabalhadores com carteira assinada que possuem empréstimos consignados antigos agora podem fazer a portabilidade para o Crédito do Trabalhador, programa do Governo Federal que oferece taxas de juros mais baixas. A medida marca a terceira fase de ampliação da linha de crédito voltada ao público CLT.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, existem hoje cerca de 3,8 milhões de contratos antigos, somando aproximadamente R$ 40 bilhões em dívidas que agora podem ser transferidas para o novo programa.
Lançado em março, o Crédito do Trabalhador vem sendo expandido por etapas. Em abril, foi autorizada a substituição de dívidas mais caras por opções mais baratas dentro do mesmo banco. Já em maio, passou a valer a portabilidade entre diferentes instituições financeiras. Agora, na terceira etapa, qualquer consignado, de qualquer banco — inclusive os contratados pelo próprio programa desde março — pode ser migrado, desde que haja vantagem financeira para o trabalhador.
Mais de 70 instituições financeiras já estão habilitadas a oferecer a portabilidade diretamente por seus aplicativos e sites. No momento, a função ainda não está disponível pela Carteira de Trabalho Digital.
A portabilidade só vale a pena quando o novo consignado tem juros mais baixos do que o contrato original. Para comparação, enquanto o crédito direto ao consumidor cobra, em média, juros entre 7% e 8% ao mês, o Crédito do Trabalhador oferece taxas em torno de 3% ao mês, podendo chegar a 1,6% ao mês em alguns bancos.
Para iniciar o processo, o trabalhador precisa acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital e autorizar o compartilhamento de dados como CPF, tempo de empresa e margem consignável. Em até 24 horas, as instituições financeiras cadastradas no programa enviam propostas com condições de crédito.